Conhecimento dos deuses
Todo aquele que diante de um ganho eminente pensa em igualdade; aquele que diante do perigo está preparado para sacrificar sua própria vida; e aquele que não esquece um velho acordo independentemente do tempo em que ele foi firmado - esse deve ser reconhecido como alguém completo.-Confúcio
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sábado, 15 de novembro de 2014
Seis caminhos/reinos da reencarnação do budismo
Naraka ("Jigokudou") - reino do inferno
A mente, dominada pela raiva e pelo ódio produz o karma para a vida num inferno. O que sofre nesse estado infernal é a mente. As aparências infernais, os seres que nos atacam ou nos matam, o ambiente e todo o sofrimento que nos aflige nesse reino, são produções de nossa própria mente condicionada pelo nosso karma.
Nestes estados infernais, somos atormentados inflexivelmente por um sofrimento inconcebível: somos mortos e, em alguns reinos infernais, experienciamos ser mortos de novo e de novo; somos torturados pelo calor e frio extremos. E não há liberdade, nem qualquer possibilidade de nos dedicarmos à prática espiritual.
Preta ("Gakidou") - reino dos fantasmas/demónios famintos
Se nossas mentes caírem na ganância ou na cobiça, o karma que resulta é o nascimento como um fantasma faminto. Neste estado, nunca podemos obter o que queremos, nem podemos desfrutar da comida ou bebida que desejamos desesperadamente como "fantasmas famintos". Estaremos sempre a procurar e a precisar de algo, mas somos completamente incapazes de satisfazer os nossos desejos e sofremos de fome, de sede e de constantes frustrações intensas. É também um estado produzido pela nossa própria mente e, apesar de ser um pouco menos desfavorável que o reino infernal, ainda é um estado miserável.
Animal ("Chikushodou") - reino animal (também conhecido por "reino das feras")
A mente também pode cair sob a influência da cegueira, da estagnação mental e da estupidez, o que causa o nascimento como um animal. Há muitas espécies animais: animais selvagens, animais domésticos, etc. Todos eles experimentam diferentes formas de sofrimento, tais como ser comido vivo, brigar uns com os outros, ou ser subserviente e abusado. Todo o sofrimento encontrado no reino animal também é a produção da mente e a manifestação de karma resultante de acções negativas anteriores.
Estes três tipos de existência compõem os estados dos reinos inferiores. Entre eles, o mais favorável é o reino animal. Mas mesmo nesse estado, é muito difícil despertar o amor e a compaixão, e é impossível praticar o Dharma. Em todos estes reinos inferiores, não há a possibilidade de praticar o Dharma e de atingir a realização; a mente está constantemente perturbada pela raiva, ódio, desejo,... Além disso, os seres dos reinos inferiores tendem a realizar mais acções negativas que criam ainda mais karma doloroso. Deste modo, eles perpetuam o condicionamento das vidas nos reinos inferiores que, além disso, duram por um tempo extremamente longo.
Human ("Ningendou") - reino humano
A condição humana é a primeira das existências nos reinos superiores. Os humanos são praticamente os únicos seres dotados com as condições necessárias para o progresso espiritual, assim como as faculdades que permitem a prática e a compreensão do Dharma*. Porém, ser humano não garante o progresso espiritual.
O valor da vida humana é variável e apenas aqueles que obtiveram a chamada "preciosa existência humana" podem praticar o Dharma.
Ainda assim, a condição humana tem muitos tipos de sofrimento, sendo que os quatro tipos principais são o nascimento, a doença, a velhice e a morte. Além destas quatro grandes fontes de sofrimento, os humanos sofrem quando são separados daqueles que amam estimadamente, durante as suas vidas ou na morte, ou quanto têm de lidar com pessoas com as quais não querem lidar ou que são hostis diante eles.
Os humanos sofrem ao perder as suas posses, ao não serem capazes de manter o que planearam adquirir e ao não serem capazes de obter o que querem.
Asura ("Shuradou") - reino dos deuses invejosos
É um caminho peculiar nos Seis caminhos. Em termos de prazer material e poder psíquico, é semelhante ao Deva. Porém, em alguns aspectos, é até pior que o Caminho Humano. O Asura masculino é extremamente feio, enquanto a fêmea é tão bonita quanto um anjo. O Asura masculino sempre luta entre si pois eles são cruéis e furiosos. Eles são orgulhosos de si-mesmos, e relutantes em aprender e praticar os ensinamentos budistas.Asuras é um termo coletivo para Yaksas, Raksasas e outros demônios. Este reino é em geral sem forma. Em termos gerais, os asuras cultivaram bondade e executaram boas ações. Mas eles são muito combativos e eles se põem bravos muito facilmente. Eles amam competir e lutar.Pelo fato deles não terem se livrado da raiva, eles não se qualificam para entrar no céu e, assim eles entram no Reino dos Asuras. Estes fantasmas e espíritos, apesar de terem pensamentos benevolentes, não tem dias calmos porque eles são muito competitivos.
Deva ("Tendou") - reino divino
Onde reina o gozo eterno. É o mais perigoso, pois sempre se pode cair num dos outros reinos. Este reino é composto por vários níveis ou residências.Nos níveis mais próximos do reino humano, vivem seres que, devido à prática de boas acções, levam uma "vida" harmoniosa. Os níveis situados entre o vigésimo terceiro e o vigésimo sétimo são denominados como "Residências Ruras", sendo habitadas por seres que se encontram perto de atingir a "luz divina" e não voltarão a renascer como humanos.
*Dharma* - "Lei Natural" ou "Realidade". Com respeito ao seu significado espiritual, pode ser considerado como o "Caminho para a Verdade Superior".
terça-feira, 15 de julho de 2014
O que é um filósofo? -- Nietzsche
Para Nietzsche, a filosofia não deve ser o refúgio dos fracos. Filosofar está distante de rezar, pregar, salvar, cuidar… O filósofo é o contrário de um sacerdote e a filosofia não é uma casa onde doentes descansam. Não há compaixão na filosofia! “Os autêntico filósofos são comandantes e legisladores: eles dizem “assim deve ser!”, eles determinam o para onde? do ser humano” (Nietzsche, Além do Bem e do Mal, §211). Ser filósofo é tornar sinônimo querer e criar, é dar vazão à Vontade de Potência. O filósofo cria valores, recicla velhos valores, redispõe, reordena. Filosofar é comandar:
“Seu ‘conhecer’ é criar, seu criar é legislar, sua vontade de verdade é – vontade de poder. – Existem hoje tais filósofos? Já existiram tais filósofos? Não têm que existir tais filósofos? …” - Nietzsche, Além do Bem e do Mal, §211.
A filosofia é a criação de valores. E para criar, os filósofos assumem diferentes perspectivas, trazem um novo olhar (aquele que só um homem sadio poderia trazer). O filósofo não sai do mundo para refletir, pelo contrário, se ele faz avaliações, seu dever é mergulhar no mundo. Sendo assim, o filósofo não poderia deixar de ser também um experimentador: para ir além do bem e do mal, é preciso experimentar para além da moral. Para Nietzsche, o pensador é como um alquimista, ele mistura afetos e forças.
Fazer invenções, testar vidas, pensamentos, práticas. Aí faz-se a diferença entre o “trabalhador filosófico”, definido por Nietzsche como um pensador menor, e o “livre-pensador”, o filósofo legislador. Um busca compreender para reproduzir e copiar, o outro compreende para inventar e criar em cima.
A tarefa do filósofo é então a de assumir uma postura nova, dar vazão à alegria criadora, à inspiração de artista e deixar-se levar pelo mar de forças que o farão viver e pensar como um juiz de si. A tarefa do filósofo é criar e ordenar valores:
“Talvez seja indispensável, na formação de um verdadeiro filósofo, ter passado alguma vez pelos estágios em que permanecem, em que têm de permanecer os seus servidores, os trabalhadores filosóficos; talvez ele próprio tenha que ter sido crítico, cético, dogmático e historiador, e além disso poeta, colecionador, viajante, decifrador de enigmas, moralista, vidente, “livre-pensador” e praticamente tudo, para cruzar todo o âmbito dos valores e sentimentos de valor humanos e poder observá-los com muitos olhos e consciências, desde a altura até a distância, da profundeza à altura, de um canto qualquer à amplidão. Mas tudo isso são apenas precondições de sua tarefa: ela mesma requer algo mais – ela exige que ele crie valores” – Nietzsche, Além do Bem e do Mal, §211
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
5 filmes que nos fazem "pensar"
2001: Uma odisséia no espaço
O que dizer sobre 2001: Uma odisséia no espaço? Uma obra-prima de sons e imagens que nos remete a estado de profunda reflexão. Até hoje, as interpretações sobre a obra são dos mais variados tipos, contudo, a mais plausível e objetiva é a de que, o filme nos fala sobre renascimento, o renascimento do ser humano em si mesmo, transpondo as barreiras morais e contemplando o "Super-Homem". O enigmático Monolito, nada mais é do que essa barreira entre o homem e o Super Homem e, para dar uma ênfase nesse sentido, a música de Richard Strauss, "Also Sprach Zarathustra", nos dá a certeza de que o filme produz uma metáfora sobre a obra de Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche
Dogville é uma obra -prima do cinema contemporâneo que infelizmente não teve reconhecimento.Em Dogville, Lars von Trier apresenta uma percepção pessimista da humanidade, onde impera o cinismo, a hipocrisia, a chantagem, a vingança, a mentira, e uma visão dogmática que, além de rejeitar qualquer alternativa, simplifica e naturaliza a maldade.
Sociedade dos poetas mortos
Quando assisti este filme pela primeira vez só pude pensar: "Os bons sempre são mutilados, pois, por mais belo que sejam seus atos, estes não ajudam os homens a ganhar o poder". O principal objetivo do professor John Keating era fazer com que seus alunos pensassem por eles mesmos e, acima de tudo, apreciassem a poesia. A cena em que o prefessor pede a seus alunos para que caminhem da maneira que bem quiserem foi uma das mais geniais que já vi.
Apocalypse Now
Este filme tem simplesmente tudo. Desde as obscuridades da guerra até as ironias que satirizam o exército americano, como a cena em que o general, no meio do conflito, resolve surfar. O diálogo entre o capitão Kurtz e Willard ao final do filme, é marcado por um lirismo obscuro fadado de uma filosofia penetrante. "O HORROR, O HORROR!"
Gênio indómavel
Filme genial, com um roteiro admirável. "Você pode ser um gênio, conhecer o quanto puder, basta apenas ir a uma biblioteca, aprendi muito mais lá do que na escola, aliás, para quê escola? O ser humano pode se descobrir sozinho".


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