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quinta-feira, 20 de junho de 2013

BRASIL!!!

Todos sabem que o Brasil seja um país corrupto, incapaz, lastimável e injusto comunitariamente; um país pouco importante e trivialmente fútil, futilmente trivial... Uma gleba onde a democracia se resume, tecnicamente, à autoridade do legislativo, do judiciário e, óbvio, ao autoritarismo do executivo. Santa democracia! §2. Outra coisa conhecida por todos e até pelos marcianos é a seguinte; os investimentos públicos realizados aqui, nesta orgulhosa e tão alienada terra seca dos estádios de futebol de U$ 30.000.000.000,00, por políticos ineficientes e sujos até à medula espinhal, são dignos dos feitos em chiqueiros ou pocilgas, cuja intenção seja, a propósito, incrementar o tamanho dos recipientes de lavagem. Isso porque o povo brasileiro, quem deveria, precisaria e poderia mandar no país caso a democracia aqui existisse plenamente, é tratado igual a porco. Ser brasileiro é um orgulho! Não é? §3. Onde há democracia o povo não apenas protesta, ele consegue o que deseja. No Brasil, contudo, a menor parte da população, a mais inteligente, pragmática e politizada, só aprendeu a protestar. Ainda não entendeu que isso seja apenas o primeiro passo. Não entendeu ainda que os governadores, prefeitos, presidentes, deputados, vereadores e senadores sejam constitucionalmente bastante menores e menos poderosos do que ela. Se o povo quer, então o presidente cai, sim, da cadeira. Se o povo quer, então os governadores perdem, com efeito, o vigor político que conquistaram através do voto. Se o povo quer... o povo recebe. Isto é algo desconhecido e inexistente na ilha brasileira; quem manda é a população. Claro que no Brasil isso não ocorra, porque aqui quem ordena é o representante do povo. Santa democracia, Batman! Como se tal não bastasse, os políticos imundos desse país de pizzas-bananas-&-samba sistematicamente cancelam ou tentam anular as demandas de reação legal contra o sistema socialmente ineficaz, saturado de corrupção, infiltrando, por exemplo, bandidos mascarados e agressivos no meio de jovens manifestantes que, obviamente, não precisam esconder o próprio rosto, já que defendem algo completamente oportuno à comunidade e, logo, ao país mesmo. §4. Num sistema verdadeiramente democrático, se o povo pede ao presidente para defecar em um balde e depois colocá-lo sobre a cabeça, ele caga e põe. No Brasil o famigerado poder-do-povo-para-o-povo-e-pelo-povo é, de fato, algo louvável, não é? §5. A gangrena nessa terrinha arbitrária só é menor do que a tolice, a ignorância e o partidarismo ordinário dos alienados que batalham contra qualquer maneira legítima de protesto ou as formas lícitas do berro-pró-igualitarismo. §6. Um exemplo. Enquanto o povo permitir que políticos safados desfrutem dos meios de transporte aéreo para homologar documentos que sejam propícios às empresas que financiaram suas campanhas sujas, as reformas, cuja alíquota de chance de existência seja praticamente nula, associadas ao péssimo e bem caro transporte público serão paradoxais e até não-democráticas, um vez que não se lembram de, isso é aparente, contemplar a distinção de classe social existente entre uma situação e outra. A crítica deve ser, isto é, mais refinada, aguda e profunda. Essa é apenas uma ilustração a respeito do que o brasileiro legítimo, o sofredor, enfrenta rotineiramente, ao passo que nossos representantes engordam mais e mais, mostrando externamente o verme gordo que eles carregam no lado de dentro. Aliás, o maior número dos políticos brasileiros são lombrigas nojentas, famintas e grandes na barriga da economia pública. §7. Este texto é genérico e não deve, portanto, ser entendido como algum gênero de verdade ou evidência inequívoca. Há, com certeza, os políticos justos, bons e inteligentes; assim como existem, tragicamente, os modos inescrupulosos, obtusos e tortos de manifestação anticorrupção. Também é importante lembrar, de novo, que bastantes vezes esses modos ilícitos sejam justamente a ferramenta usada por governantes dos quais o escopo seja vulgarizar, deturpar e suprimir astuta, delicadamente os protestos legais.
Texto de Marcelo siqueira lima

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