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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O homem de mil faces.

O homem inventava mil faces. Tentava e tentava, mas nunca conseguia criar uma perfeita. Foram dias e Jonah's Robert nunca conseguiu fazer a cópia exata de si mesmo. O que mais incomodava era que ele estava famoso pelo mundo todo, suas invenções haviam complementado o dobro durante a Revolução das Máquinas em 1897. Só que seu coração nunca sentiu satisfação pelos feitos. Em cada robô novo que produzia, uma nova parte de seu coração era desfeita. Em belas tardes de verão ele passou estudando todos os tipos de maquinarias. Adaptou tantas formas e meios, mas novamente falhou em se recriar. Sonhava com infinitas estrelas no céu, tornar-se imortal sobre o mundo, quebrar o tempo que já o afetava de todas as formas. Tentava e tentava, mas não conseguia mudar. Então numa noite obteve um sonho. Estava rodeado de rostos e a grande maioria era familiar, de uma forma tão obsoleta. Uma náusea bombardeou seus pensamentos e então acordou - Sinto que esqueci algo importante - falou para si. No meio da semana, tentando pensar no novo modelo que iria lançar para as industrias que foi lembrar-se do sonho. Todos os rostos que observou em volta de si eram ele mesmo, só que formados por máquinas. Algumas já corroídas pelo tempo e outras próximas de serem lançadas e as finais que nem mesmo ele conhecia. Todos os rostos tinham leves semelhanças consigo, mas o coração nunca era o mesmo. E quando libertou-se dos próprios pensamentos, logo debateu-se com um espelho do outro lado da sala. Sentiu um tremor ao olhar para si, um congelamento instantâneo de realidade. Olhou para todos os lados para fugir do que tinha visto, mas nunca iria conseguir... Quando olhou para seu rosto notou que ele mesmo tornou-se uma máquina, que todo o humano que possuía não estava mais ali. E nesse momento viu... Que a vida era uma coisa que nunca deveria abrir a mão. Jonah's Robert fechou todas as suas produções e dali adiante prometeu a si que nunca mais cometeria o pecado de destruir a vida por uma imortalidade. Pois nem mesmo as máquinas conseguem destruir o tempo. Elas não são imortais... E nem ele que não era mais humano virou imortal... Apenas tornou-se vazio.

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